Wagner Matheus Secretaria de Esporte e Qualidade de Vida Em seu primeiro ano representando São José dos Campos, as equipes de wrestling das categorias de base ligadas ao Programa Atleta Cidadão já produziram 52 campeões e se firmaram como um dos centros mais fortes do país na modalidade. No último fim de semana, três atletas joseenses trouxeram medalha de ouro do Campeonato Brasileiro de Wrestling Sub-23, realizado na cidade de Cubatão, na Baixada Santista. Os novos campeões brasileiros desta temporada são Meiriele Hora Santos, na categoria estilo livre feminino 65kg; Grabriela Rocha, estilo livre feminino 68kg; e João Victor Santos, estilo livre masculino 65kg. Trouxeram medalha de bronze os atletas Gabriel Mello, na categoria greco-romana 67kg e Vilson Santos, estilo livre masculino 86kg. O atleta Daniel Silva, da equipe joseense de alto rendimento, também foi a Cubatão e voltou com medalha de prata na categoria livre masculino 61kg. Sucesso O wrestling é o novo nome pelo qual ficou conhecida uma série de estilos de lutas olímpicas e não olímpicas. Além de ser uma modalidade nova no Atleta Cidadão, os lutadores que a compõem também têm pouco tempo de prática. Grabriela Rocha, 20 anos, é um exemplo. Ela praticava judô em Campos do Jordão até que, em 2015, ganhou uma bolsa para estudar em São José dos Campos. “Tentei continuar no judô, mas não consegui me adaptar ao horário disponível. Foi quando surgiu o wrestling e comecei a treinar, gostei e estou aqui até hoje”, conta a atleta. Outra história curiosa envolve praticamente uma família inteira do bairro Rio Comprido, na região sul da cidade: a família Santos. O projeto do wrestling foi divulgado na escola do bairro e Edvanilson se interessou primeiro, começando a treinar no espaço da Assecre, a Associação dos Empresários das Chácaras Reunidas, na região sul. Sua decisão acabou atraindo os primos Meiriele e Vilson, dois medalhistas do último final de semana, ela ouro e ele bronze. Hoje, os três continuam treinando juntos. “A estrutura aqui é muito boa, temos técnicos de ponta e isso está produzindo resultados da base até o adulto”, elogia Meiriele, que tem 18 anos e treina desde 2017. “Meu objetivo é chegar à Olimpíada de 2024, em Paris”, avisa. O irmão Vilson, 20 anos, também começou em 2017. Ele escolheu o wrestling por considerá-lo um esporte inovador. Hoje, garante que faz parte de uma das melhores equipes do país. “São José está no mesmo nível de outros grandes centros do wrestling, como São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus”, afirma. O mais novo dos medalhistas do Brasileiro é Gabriel Mello. Ele tem 17 anos e está há apenas um ano no Programa Atleta Cidadão, embora já praticasse a modalidade desde os 14 anos em uma academia da região oeste, onde o wrestling nasceu em São José dos Campos. “Eu treinava jiu jitsu na academia e nunca tinha visto o wrestling. Quando conheci, me apaixonei pela modalidade e não parei mais”, conta o vice-campeão brasileiro deste ano na categoria greco-romana 67Kg. Parceria Implantada pela Assecre como um projeto social, a academia de wrestling da entidade tornou-se parceira do Programa Atleta Cidadão em 2018, quando foi instalado em sua sede um núcleo de formação de atletas da modalidade. Neste ano, foram formadas equipes competitivas desde o infantil, na faixa de 11 anos, até o sênior, para atletas com até 20 anos. As equipes da base são treinadas pelos também atletas João Victor e Brenda Aguiar. Eles conduzem o treinamento de 42 atletas que disputam as principais competições do país, como os campeonatos paulista, brasileiro e os Jogos Escolares. Além dos 52 títulos nacionais, atletas do wrestling da base de São José já conquistaram duas medalhas internacionais, voltando com bronze dos campeonatos pan-americanos júnior e sênior da modalidade. “Temos hoje a maior equipe de wrestling do Brasil”, comemora Brenda, que integra o Atleta Cidadão desde 2001 com o judô, conheceu o wrestling em 2007, e hoje, além de treinadora, é atleta de alto rendimento das equipes de São José nas duas modalidades. |