A segunda edição do Conexão Juventude agitou o Residencial Pinheirinho dos Palmares, na região sudeste e São José dos Campos, neste sábado (24). Cerca de 2.000 pessoas passaram pelo local do evento, que aconteceu pela primeira vez no bairro e levou diversas atrações de cultura, lazer e esporte.

Entre as atrações, crianças, jovens e seus familiares puderem participar de roda de capoeira, aulas de boxe, com orientações teóricas e atividades práticas comandadas por profissionais do programa Atleta Cidadão, atividades artísticas e apresentações musicais de sertanejo, hip-hop e samba.

O “Bloco Sambalaio – Bateria 1000 Grau”, liderado por artistas do coletivo Balaio Cultural foi responsável por dar um tom carnavalesco ao evento, através de sambas enredos nacionais com a presença da passista da Confraria do Samba Enredo. Unidos pelo gosto por música e o amor pelo Carnaval estava a família do mestre de bateria Rafael Freitas, a esposa Priscila Aparecida e os filhos Gustavo Miguel, de 1 ano e 8 meses, e Pedro Gabriel, que aos 10 anos já é ritmista.

“Acho muito legar vir tocar aqui porque eu gosto muito de Carnaval e o que mais gosto de fazer é tocar”, disse animado Gustavo, que dá aulas de instrumentos com o pai na sede do Balaio Cultural, no São Judas Tadeu, bairro vizinho ao Pinheirinho.

A oportunidade é reconhecida e vista como uma novidade positiva no Pinheirinho pelos integrantes do coletivo. Bruno Frederico dos Santos, de 32 anos, conhecido como Mr. Fred, especialista em grafite, já é conhecido no Conexão, e também se apresentou com os músicos do bloco.

“É muito importante trazer (o Conexão) aqui para o Pinheirinho, do ponto de vista social e cultural, é um bairro novo se formando aqui na região, ao olhar em volta vemos a quantidade de crianças aqui e queremos dar uma chance para estas crianças, e para os jovens, de descobrir a cultura e outros talentos que possam ter”, disse Fred.

Além do samba, o rap também teve espaço e vez no Conexão. O grupo De Fronte, formado pelos rappers Rogério Chaves, José Gonçalves e Naldo Silva, moradores do Campos de São José, na região leste da cidade, levou seus versos e rimas para o palco.

“A gente enxerga esse evento como algo bom, principalmente para a periferia, tem recreação para crianças, criações artísticas, capoeira, boxe, várias atrações. E é bom por ser eclético, não tem apenas um foco, se você gosta de hip hop, samba, pagode, sertanejo, pode vir porque vai se sentir bem, vai ter uma música que você gosta aqui”, comentou José. “Para a gente é gratificante participar de um evento com intuito de inclusão social e cultural, é muito bom”, completou Naldo.

Opção de lazer

Muitas famílias acompanhavam as crianças e adolescentes no evento e aprovaram a edição realizada no Pinheirinho. A auxiliar de escritório Daiane Paula Ferreira acompanhou os filhos Nathan Gabriel Paula Silva, de 6 anos, e Luna Isabelly Paula Silva, de 3 anos, nas brincadeiras realizadas.

“É muito bom esse espaço para as crianças brincarem em um ambiente seguro, poderiam fazer com mais frequência aqui”, disse.

A dona de casa Edilene da Silva Cordeiro foi com os três filhos, Vinicius Samuel Cordeiro Silva, de 11 anos, Pedro Henrique Cordeiro da Silva, de 10, e Laura Gabrielly da Silva Cordeiro, de 4, e já espera pelas próximas edições no bairro.

“Acho ótimo para as crianças as brincadeiras, os robôs também, meu filho mais velho adorou conhecer e ficou empolgado, é uma boa opção de lazer no fim de semana, aqui pertinho da gente. Que venham mais”, destacou.

Acesso à robótica

Um grupo do núcleo de robótica do Cephas (Centro de Educação Profissional Hélio Augusto de Souza) recebia crianças e jovens interessados em robôs no stande montado no local. “Para a nossa equipe estar aqui é muito importante porque conseguimos trazer a robótica para perto dessas crianças, como forma de disseminar a ciência e tecnologia na comunidade. E elas ficam encantadas, apaixonadas, a experiência é muito gratificante”, comentou Caroline Morais de Souza, de 18 anos, membro da equipe Cephatron e aluna do terceiro módulo do Técnico de Eletrônica do Cephas.

“É a primeira vez que vejo um robô de perto, na minha frente, mexi nele, e fiquei com vontade de conhecer mais o projeto de Robótica e entrar para o time, seria um sonho”, contou o aluno da Fundhas (Fundação Hélio Augusto de Souza), Daniel Borges Lima, de 14 anos.

Vitrine para a juventude

O Conexão Juventude dá espaço a todo movimento jovem que queira desenvolver projetos artísticos, culturais e esportivos, de forma gratuita.

Em 2017, o Conexão passou por todas as regiões e pelos distritos de Eugênio de Melo e São Francisco Xavier. Em 10 edições, mais de 17 mil pessoas participaram no ano passado.